Firjan lança livro sobre a indústria moveleira do Rio de Janeiro
ou grupos sociais – foi sofrendo ao longo do tempo. Foi justamente com a ideia de mostrar essa dinâmica sociocultural que a Firjan lançou, em 05/11, o livro Retratos de uma História Social – A Indústria Moveleira do Rio de Janeiro.
O evento aconteceu na Casa Firjan, reunindo os representantes de sindicatos das indústrias de móveis. O trabalho é o resultado de uma extensa pesquisa, elaborada com a participação de professores, historiadores e designers. A ideia de reunir a história em uma publicação partiu de Joaquim Gomes, ex-presidente do Sim-Rio (Sindicato das Indústrias de móveis do Rio de Janeiro), durante a inauguração da nova sede no Centro do Rio de Janeiro. Na ocasião, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan, conheceu uma vitrine de ferramentas da marcenaria tradicional exposta numa das salas da nova sede e, de pronto, concordou com a ideia, provocando o início do desenvolvimento do livro.
Vice-presidente do Sindicato das Indústrias da Construção, Engenharia Consultiva e do Mobiliário de Niterói a Cabo Frio (Sindicem), Ricardo Guadagnin, lembrou que não se pode dissociar o segmento da construção civil. “Onde tem campo para a construção civil há demanda por móveis novos e por inovação no setor mobiliário. Então, quando a construção civil cresce, a indústria moveleira cresce junto”, avaliou Guadagnin.
O lançamento contou com uma rodada de palestras, que relatou um pouco da história do Brasil e também trouxe à discussão os novos rumos do setor. Hugo Gripa, designer, professor e pesquisador, contextualizou a sociedade do Brasil Colônia e a importância do mobiliário naquela época. “Esse trabalho demandou uma pesquisa jornalística e antropológica sobre o Rio de Janeiro Colônia. Naquela época, o mobiliário era pobre e as pessoas pouco conheciam. Eram poucas peças e todas copiadas do europeu. Quem morava no Brasil queria consumir o que a Corte possuía”, descreveu o pesquisador, lembrando que o Brasil assumiu sua identidade no setor após as guerras, que levaram o país a romper com a Europa. Esse rompimento obrigou o Brasil a desenvolver a sua própria indústria. Hugo também retratou a evolução da indústria até os dias de hoje, destacando personagens e indústrias que foram e são referências do setor.
Também esteve presente Marcelo Villin Prado, economista e pesquisador mercadológico, sócio-diretor do Instituto de Pesquisa e Inteligência de Mercado (IEMI) que trouxe dados da indústria moveleira e apresentou as tendências para o futuro.
O evento de lançamento do livro também marcou a abertura da Exposição da Indústria Moveleira Fluminense. A mostra fica aberta ao público, de forma gratuita, na Casa Firjan até o dia 22/11 e traz peças que representam o potencial da indústria moveleira do Rio de Janeiro, com destaque para a importância do design, da funcionalidade e da inovação.
Fonte: Firjan